A dengue é uma doença viral que é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, um inseto que se reproduz em locais com água parada, como vasos de plantas, pneus, garrafas e caixas d’água. A dengue pode causar sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, manchas vermelhas na pele e, em alguns casos, sangramentos e choque, podendo levar à morte.
Existem quatro tipos de vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), que podem infectar uma pessoa mais de uma vez. A infecção por um tipo não garante imunidade contra os outros, e a reinfecção pode aumentar o risco de desenvolver formas graves da doença, como a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue.
A dengue é uma doença que afeta milhões de pessoas no mundo todo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais, onde o clima favorece a proliferação do mosquito. No Brasil, a dengue é um grave problema de saúde pública, que causa epidemias recorrentes e elevados custos sociais e econômicos. Segundo o Ministério da Saúde, em 2023 foram registrados mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue no país, com 1.079 óbitos.
Em 2024, os casos de dengue no Brasil já superam o registrado no pico da epidemia em 2023. De acordo com dados do Ministério da Saúde, três semanas de 2024 tiveram números de casos superiores à semana de ápice no ano passado.
Os dados do ministério mostram que as semanas epidemiológicas 4 (21 a 27 de janeiro), 5 (28 de janeiro a 3 de fevereiro) e 6 (4 a 10 de fevereiro) registraram mais de 130 mil casos de dengue. No pico de 2023, foram observados 111.840 casos prováveis.
A prevenção da dengue depende da eliminação dos criadouros do mosquito – sendo que 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios, que podem estar dentro ou fora das casas. Algumas medidas simples que podem ser adotadas pela população são:
– Manter as caixas d’água, cisternas e poços bem tampados e vedados
– Não deixar água acumulada em vasos de plantas, pratos, pneus, garrafas, latas ou qualquer outro recipiente
– Lavar semanalmente com água e sabão os recipientes que armazenam água.
– Colocar areia nos pratos dos vasos de plantas ou eliminar esses pratos.
– Manter as calhas limpas e desentupidas.
– Cobrir e guardar os pneus em locais secos e protegidos da chuva.
– Limpar as piscinas com cloro e mantê-las cobertas quando não estiverem em uso.
– Colocar telas nas janelas e portas para evitar a entrada de mosquitos.
– Usar repelentes, roupas claras e compridas que cubram a pele exposta.
– Evitar o acúmulo de lixo e entulho que possam acumular água.
– Participar das campanhas de mobilização e conscientização promovidas pelo poder público e pela sociedade civil.
O diagnóstico e o tratamento precoce da dengue também são fundamentais para evitar complicações e óbitos. Por isso, é importante procurar um serviço de saúde assim que surgirem os primeiros sintomas, como febre, dor de cabeça e dor no corpo. O médico irá avaliar o quadro clínico do paciente e solicitar exames de sangue para confirmar a infecção. O tratamento da dengue consiste em hidratação, repouso e uso de medicamentos para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Não se deve usar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou anti-inflamatórios, pois eles podem aumentar o risco de sangramentos.
A dengue é uma doença que pode ser evitada com a participação de todos. Cada um pode fazer a sua parte, eliminando os focos do mosquito e cuidando da sua saúde e da saúde dos outros. Juntos, podemos vencer essa batalha contra o Aedes aegypti e garantir uma vida mais saudável e segura para todos.
