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DST

Doenças sexualmente transmissíveis: o que você precisa saber

As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Elas podem ser causadas por diferentes tipos de agentes infecciosos, como bactérias, vírus, fungos ou protozoários, que se transmitem pelo contato sexual com um parceiro contaminado. Neste artigo, vamos explicar o que são as DST, quais são as mais comuns, quais são os seus sintomas, como prevenir e como tratar essas doenças.

 

O que são as DST?

As DST são infecções que podem atingir os órgãos genitais, a boca, a garganta, o ânus ou o sangue de uma pessoa que tem relações sexuais sem proteção com alguém que está infectado. Elas podem se manifestar de diferentes formas, dependendo do tipo de agente causador e do local da infecção. Algumas DST podem não apresentar sintomas, o que dificulta o diagnóstico e aumenta o risco de transmissão. Outras podem causar sinais visíveis, como feridas, bolhas, verrugas, corrimento, manchas ou inflamação nos órgãos genitais. Algumas DST podem ainda provocar sintomas gerais, como febre, dor de cabeça, mal-estar, dor no corpo ou ínguas.

 

Quais são as DST mais comuns?

Existem dezenas de DST, mas algumas são mais frequentes e conhecidas. Veja a seguir as principais DST e as suas características:

– Gonorreia: é causada por uma bactéria que infecta a uretra, o colo do útero, o reto, a garganta ou os olhos. Pode causar ardor ao urinar, corrimento amarelo ou verde, sangramento, dor ou inchaço nos órgãos genitais. Se não for tratada, pode levar à infertilidade, à doença inflamatória pélvica, à epididimite, à prostatite ou à meningite.

– Sífilis: é causada por uma bactéria que entra no organismo por meio de feridas ou mucosas. Pode causar uma úlcera indolor nos órgãos genitais, na boca ou no ânus, que desaparece depois de algumas semanas. Em seguida, podem surgir manchas vermelhas pelo corpo, que também somem. A doença pode ficar latente por anos, até atingir órgãos vitais, como o cérebro, o coração, os ossos ou o fígado. Se não for tratada, pode causar cegueira, paralisia, demência, problemas cardíacos ou morte.

– Herpes genital: é causada por um vírus que fica alojado nos nervos. Pode causar pequenas bolhas que se rompem e viram feridas nos órgãos genitais, na boca ou no ânus. As bolhas podem causar ardor, coceira, dor ou sensação de formigamento. O vírus pode ficar inativo por períodos variáveis, mas pode ser reativado por fatores como estresse, baixa imunidade, menstruação ou exposição solar. Não há cura para o herpes, mas há tratamentos que aliviam os sintomas e reduzem as crises.

– Candidíase: é causada por um fungo que vive naturalmente na flora vaginal, mas que pode se proliferar excessivamente por causa de alterações hormonais, uso de antibióticos, diabetes, gravidez ou baixa imunidade. Pode causar coceira, ardor, vermelhidão, inchaço ou corrimento branco e espesso na vagina ou no pênis. O tratamento é feito com antifúngicos, que podem ser aplicados localmente ou tomados por via oral.

– Condiloma acuminado: é causado pelo papilomavírus humano (HPV), que pode infectar a pele ou as mucosas dos órgãos genitais, da boca ou do ânus. Pode causar verrugas, que podem ser pequenas, grandes, isoladas ou agrupadas, com aspecto de couve-flor. As verrugas podem ser removidas por meio de cauterização, crioterapia, laser ou cirurgia. Alguns tipos de HPV podem aumentar o risco de câncer de colo de útero, de pênis, de ânus ou de orofaringe. Existe uma vacina que previne contra os principais tipos de HPV, que deve ser aplicada antes do início da vida sexual.

– Hepatite B: é causada por um vírus que ataca o fígado. Pode ser transmitida pelo contato sexual, pelo sangue contaminado, por agulhas ou seringas compartilhadas, por transfusão de sangue ou de mãe para filho na gestação ou no parto. Pode causar icterícia (pele e olhos amarelados), febre, dor abdominal, náuseas, vômitos ou falta de apetite. A maioria das pessoas se recupera da infecção, mas algumas podem se tornar portadoras crônicas do vírus, desenvolvendo cirrose ou câncer de fígado. Existe uma vacina que previne contra a hepatite B, que faz parte do calendário nacional de vacinação.

– AIDS: é causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), que destrói as células de defesa do organismo. Pode ser transmitida pelo contato sexual, pelo sangue contaminado, por agulhas ou seringas compartilhadas, por transfusão de sangue ou de mãe para filho na gestação, no parto ou na amamentação. Pode causar febre, dor de cabeça, dor de garganta, ínguas, manchas vermelhas na pele, diarreia, perda de peso ou infecções oportunistas. Não há cura para a AIDS, mas há tratamentos que controlam a replicação do vírus e melhoram a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV. O diagnóstico é feito por meio de testes rápidos ou laboratoriais, que detectam a presença de anticorpos contra o HIV no sangue ou na saliva.

 

Como prevenir as DST?

A melhor forma de prevenir as DST é usar camisinha em todas as relações sexuais, seja oral, vaginal ou anal. A camisinha é o único método que protege contra a maioria das DST, além de evitar uma gravidez indesejada. A camisinha deve ser colocada antes do início da penetração e retirada logo após a ejaculação, com cuidado para não vazar o conteúdo. A camisinha deve ser descartada em um lixo adequado, nunca reutilizada ou compartilhada. Existem dois tipos de camisinha: a masculina, feita de látex ou poliuretano, que é colocada no pênis ereto; e a feminina, feita de poliuretano, que é introduzida na vagina ou no ânus.

Além da camisinha, outras medidas que podem prevenir as DST são:

– Ter um parceiro único e fiel, que também seja testado para as DST e que use camisinha com outras pessoas.
– Evitar o contato direto com feridas, bolhas, verrugas ou secreções de pessoas infectadas.
– Não compartilhar objetos que possam estar contaminados com sangue ou fluidos corporais, como agulhas, seringas, lâminas de barbear, escovas de dente ou brinquedos sexuais.
– Fazer exames regulares para detectar as DST, especialmente se tiver múltiplos parceiros, se estiver grávida ou se tiver algum sintoma. Os exames podem ser feitos gratuitamente nos serviços de saúde pública ou em laboratórios particulares.
– Buscar tratamento adequado em caso de diagnóstico positivo para alguma DST, seguindo as orientações médicas e informando os parceiros sexuais para que também sejam tratados. O tratamento pode variar de acordo com o tipo de DST, podendo envolver o uso de antibióticos, antivirais, antifúngicos ou imunomoduladores. O tratamento deve ser feito até o final, mesmo que os sintomas desapareçam, para evitar a resistência dos agentes infecciosos ou a reinfecção.
– Vacinar-se contra as DST que têm vacina disponível, como a hepatite B e o HPV. As vacinas são seguras e eficazes, e podem prevenir doenças graves e até fatais.

 

As DST são doenças que podem afetar a saúde e a qualidade de vida das pessoas que têm relações sexuais sem proteção. Elas podem causar sintomas incômodos, complicações sérias e até a morte. Por isso, é importante se prevenir, se testar, se tratar e se vacinar contra as DST. Lembre-se: o sexo é uma forma de expressão do amor, do prazer e da intimidade, mas também requer cuidado, responsabilidade e respeito. Cuide-se e proteja-se. Use camisinha sempre!

 

Fontes:
https://www.gov.br/saude
https://www.todamateria.com.br
https://www.lusiadas.pt/